Junto ao museu da maior coleção de arte privada em Portugal, instala-se um pequeno apartamento, também ele de um colecionador. Um refúgio urbano, que se constrói criteriosamente, peça a peça, dos materiais de acabamento à iluminação, da arte ao mobiliário.
Estamos em Lisboa, contudo o apartamento respira um "je ne sais quoi” da Paris de Haussmann. O projecto de interiores procura acentuar essa ligação de forma contemporânea e eclética, onde o design italiano e brasileiro dialogam com obras de arte europeias do século XIX e portuguesas do século XXI. Os têxteis, tal como noutros tempos, cobrem as superfícies das paredes, os pavimentos e as janelas. conferindo de forma subtil e atual, conforto e carácter à branca base das paredes.
Apesar das áreas rescritas e da presença preponderante das peças, criam-se ambientes onde há leveza e escala, onde se combinam e se valorizam diferentes tempos, desenhos e identidades, criando uma sofisticação sem tempo.